segunda-feira, 28 de abril de 2008

Bebé

Não me interessa que seja ainda tudo muito frágil e que o tamanho que hoje vi na ecografia não seja realmente o tamanho dele, mas vê-lo ali a acordar num piparote e a não parar quieto como se estivesse na hora do recreio, fez-me sentir pela primeira vez que já tenho um filho.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Herói

O computador já andava a ameaçar há uns bons meses: teclas a saltar, drive dos cd's avariada, lentidão a mais para a minha falta de paciência. Ontem, aconteceu, morreu. Ficou infectado por não sei quantos vírus, impossível de trabalhar com tantas janelas a saltar. Já seria meia-noite quando isto aconteceu, ele no computador, eu a olhar para a televisão já com os olhos a piscar. Ainda tentei desligar e não me desviar do sono para ficar preocupada porque hoje não ia conseguir aceder às pastas que precisava para trabalhar em fecho antecipado. Não consegui, o nervoso foi crescendo, mas por que raios não fiz o back up do que era essencial, por que carga de água me deu, àquela hora da noite, para lhe pedir para ele ver se me arranjava o novo álbum da Adriana Calcanhoto. Ele não é informático, mas parecia. Deu-se ao trabalho de formatar o computador da minha mãe que aqui andava à espera de substituir o velho, de lhe instalar todos os anti-vírus possíveis, de tentar ligar, desligar e voltar a ligar o outro computador na esperança de recuperar alguma coisa. Às 2h da manhã conseguiu convencer-me a ir para a cama. Eu fui, ele ficou. Acordei às 5h e ele continuava acordado, com os dois computadores, a máquina fotográfica e não sei quantos fios ligados uns aos outros, a transferir pastas. Amor há muita gente disposta a dar, mas uma noite de sono e paciência para aturar computadores, só mesmo ele. Não é só por isso que é o meu herói, mas desta não me vou esquecer tão cedo.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Durante três dias a casa-de-banho inundou de cada vez que se tomava banho, os senhores a dizer que vinham, que vinham, mas não conseguiam dar resposta a tudo, hoje vieram no momento menos oportuno, mas o pior mesmo é o cheiro nauseabundo que ficou na casa depois do problema resolvido.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Estou viciada em pão com manteiga e leite chocolatado, mas deixei-me seduzir por um croissant de chocolate, comido assim mesmo, em pé, à espera que a greve do metro se decidisse a enviar um para me buscar.

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Perante os protestos da Inês, abdico da assinatura "vidas" e retomo a identidade de "charlote".

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Quando começar ou recomeçar é vivido como algo que tem de ser absolutamente perfeito (se não for desde o início, quando vai ser?), começar ou recomeçar não é fácil. Mesmo se o que se abandona já era de um cor-de-rosa enjoativo. Não foi por isso que mudei. Foi porque às vezes precisamos de recomeços, mesmo que sejam difíceis. Este demorou meses, ou mais. Muita da culpa foi do nome que não aparecia e que, na verdade, não apareceu. Apesar de todas as ausências (do nome perfeito, do tema perfeito e do momento perfeito), avancei. Não foi por nada de especial: foi só por causa do telefonema que devia ter sido de manhã cedo, que anda para ser durante o dia todo e que ainda não aconteceu.