sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Eu convido as amigas para jantar e ele, que vai estar a trabalhar, oferece-se para deixar tudo pronto (é só levar ao forno) e ainda me dá indicações sobre as garrafas de vinho mais indicadas para a refeição.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Quando são eles também vale?

O P. passou a tarde em limpezas profundas à sala e ao quarto do João, depois de ontem eu ter tentado dar à casa o jeitinho que uma barriga de nove meses permite e ter acabado o dia sem conseguir mexer a anca. Não é que ele não costume ajudar na limpeza, ou que não a faça sozinho. Mas hoje está particularmente empenhado e silêncioso (nem música para distrair, nem protestos de irritação, nada) e eu pergunto-me se quando são eles que ficam com uma vontade destas de "fazer o ninho" também é sinal de que o parto está para breve?

Farta?

A Dora diz que um dos factores de sucesso para um parto é estar farta de estar grávida e eu apercebi-me de que não sei bem se estou farta ou não. Estou absolutamente enorme, tão enorme que, esta noite, gemi ao virar-me na cama e o P., ainda acordado no sofá da sala, correu para ver o que se passava. Acho que só gemi um bocadinho, e nem tinha dado conta, mas depois de ele me contar percebi que foi ao virar-me, porque, minhas amigas, não é só a barriga que pesa, as ancas e arredores também ganham um peso diferente nesta última fase da gravidez. Estou com 37 semanas e dois dias de gestação e o João já deve ter cerca de 3 quilos. Apetece-me vê-lo e tocar-lhe, mas tenho um bocado de medo do vazio que vai ficar no meu corpo quando os pezinhos dele deixarem de andar aqui a brincar. Estou cansada de não conseguir descansar com esta barriga, mas sei que não é depois que vou andar por aí a relaxar. Por isso, enquanto ele não decide nascer, vou-me dividindo entre um estou farta e não estou, que na verdade é só uma estratégia para me enganar e não ficar insuportavelmente ansiosa.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

A barriga

Não quero crer que só agora a minha barriga se tenha tornado uma barriga de grávida sem sombra para dúvidas (será que até aqui andaram a achar que estava apenas gorda?). Mas hoje toda a gente pareceu reparar na barriga de 35 semanas. Na aula de yoga: "Está quase, não está?", "Já falta pouco, não é?". Eu, a sorrir, praticamente sem dizer nada. Elas continuaram: "Pois é, nota-se pela barriga", diz uma; a outra: "E pela cara, vê-se na cara" (aqui tive de dar o braço a torcer, embora me tivesse limitado a continuar a sorrir meia enjoada, porque, realmente, não me basta ter o nariz inchado, ainda está brilhante como se lhe tivessem puxado o lustro). No fim da aula, juntaram-se as alunas que estavam de saída com as que estavam a chegar, e o filme recomeçou, para muito pior - o balneário transformou-se numa algazarra de mulheres a falar sobre experiências do parto que eu não queria ouvir. Não sei se se percebeu que quase fugi. Quando me julguei a salvo, no supermercado, a menina da caixa resolve meter conversa: "Eh lá, está de esperanças... Está com uma barriguinha... Está quase, não é? E sente-se bem?". Eu sinto, tenho os pés que parecem uns balões e não me apetece estar aqui de pé, dava tudo para não ter de carregar estes sacos para casa, porque parece que tenho os ossos da anca a alargar e provavelmente tenho mesmo, mas o que me está mesmo a afligir é que toda a gente queira ter uma palavra a dizer sobre este assunto.