segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

A dois

Já tinhamos ido jantar uma vez os dois, desde que ele nasceu. Fizemos da coisa uma ocasião solene, com direito a roupa cuidada e olhos pintados, mas não correu lá muito bem. Também já tinhamos passado uma noite num hotel e até já tinhamos ido a Londres (duas noites). Mas nunca foi uma experiência tão libertadora como a de sexta-feira. Não vesti nada de especial para a ocasião, não me pintei, não imaginei uma coisa super romântica num sítio super in. Deixámos o miúdo na avó e fomos jantar ali ao lado, sem bebé, mochila do bebé, boneco do bebé, chupeta do bebé e o bebé sempre a correr para todo o lado. E só isso foi muito bom. Consegui comer tranquila, bebi à vontade, relaxei, não tive pressa, conversámos, rimos, libertei-me pela primeira vez daquele sentimento de "ainda agora estava mortinha por estar sem ele e já morro de saudades, estava bem era se ele aqui estivesse e para além disso nem sei bem como me comportar, agora que estamos só os dois". Estivemos só os dois, foi só isso, sem solenidades, e foi muito bom. Às vezes apetece-me ir mais longe e tirar a noite para dançar, mas por agora este apetite só me dá de manhã, porque à noite estou demasiado cansada.

3 comentários:

Anónimo disse...

ai como eu te compreendo...

Anónimo disse...

Momentos a dois... o que é isso??? só se for momentos entre mãe e filho! jantar a sós com o marido só mesmo se ele adormecer muito cedo e em casa.
ainda tens muita sorte por ter avós a quem recorrer quando precisas. No meu caso, o nosso filho anda sempre connosco. É por isso que quando me posso sentar no sofá, depois de tudo organizado e ele estar a dormir, aquele silêncio me parece o céu. Mas nem me queixo, a pior fase já lá vai. Agora até já consigo fazer algumas das coisas que gosto, como ler.
bj,
Maria

charlote disse...

A maior parte dos meus momentos a dois continuam a ser entre mãe e filho. E na maior parte dos dias o meu "céu" também é quando o enfio na cama e consigo sentar-me sossegada no sofá, nem que seja só por meia hora. De tal maneira que nem tinha muita vontade de sair. Mas às vezes faz bem variar (ainda que exija esforço).