terça-feira, 9 de setembro de 2008

Os pés

A quem se interroga como sobreviveram os meus pés ao casamento, aqui vai:
A chuva de quinta e sexta-feira deixou-me ainda mais sem alternativa - o único par de sandálias que me servia (se é que se pode chamar sandália a uma coisa que tem pouco mais do que duas tiras) deixou de ser uma opção. Tive de recorrer aos tais sapatos que tinha experimentado e onde me parecia que os meus pés não ficavam tão mal - tive uma semana de trabalho tão complicada que não deu tempo para pensar em mais nada e muito menos para calcorrear lojas à procura de melhores soluções. Entre um trabalho e outro, parei o carro na zona de Cedofeita, passei pela confeitaria para levar o croissant que comi pelo caminho e fui à loja onde sabia que havia o que queria (nunca pensei ir de Crocs a um casamento, mas foi isso mesmo que aconteceu). A coisa até me saiu melhor do que a encomenda: ao ver-me desconfiada da tira no peito do pé, o senhor da loja avisou-me que aquilo saía. Experimentei com e sem tira e, sim senhor, é mesmo isto, em menos de 10 minutos estava o assunto resolvido (nunca demorei tão pouco a comprar uns sapatos, porque com esta barriga já não é fácil chegar aos pés). Quando descobri a solução mágica das meias elásticas durante a noite já não fui a tempo de ir à procura delas. O casamento foi dureza, porque o almoço-lanche foi serviço em pé e não há pés de grávida que aguentem a tanto tempo sem uma cadeira (depois, quando a cadeira chegou, já estava tão descadeirada que o que queria mesmo era um sofá ou uma cama onde me pudesse esticar). Os sapatos até se portaram bem e os pés até não pareciam muito deselegante, mas não haja dúvidas de que incharam: voltei a calçá-los ontem de manhã e estavam tão largos que quase os perdia pelo caminho.

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