sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Complicómetro

Primeira noite em que o barulho da VCI me incomodou. Não sei se foi do vento, que tornava o barulho diferente. Ou se era de mim. Porque a dada altura o barulho continuava (nunca pára) e já não era isso que perturbava, era a minha cabeça, sempre a pensar, em tudo, a ir buscar coisas que pensava que nem tinham importância, a pensar, a pensar, a querer descansar e a não conseguir, a achar que sem aquele barulho seria mais fácil desligar, apagar, ir para longe, fugir. Se pudesse nascer outra vez e mudar alguma coisa em mim, eliminava o complicómetro.

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